Terceiro ensaio de cavaquinho


Apontamento cultural pela ARPE, Biblioteca Municipal


É bom lembrar…

Merrit Malloy – Epitáfio

Quando eu morrer
Dá o que restar de mim
às crianças
E aos idosos que esperam para morrer.

E se precisares chorar,
Chora por teu irmão
Que anda pelas ruas a teu lado.
E quando precisares de mim,
Coloca teus braços
Em volta de alguém
E dá-lhe o que precisas me dar.

Quero deixar-te algo,
Algo melhor
Do que palavras
Ou sons.

Busca-me
Nas pessoas que conheci
Ou amei,
E se não podes me deixar partir
Ao menos deixa-me viver em teus olhos
E não em tua mente.

Podes amar-me mais
Deixando as mãos
Tocarem as mãos,
Deixando os corpos tocarem os corpos,
E libertando
As crianças
Que precisam ser livres.

O amor não morre,
Pessoas sim.
Por isso, quando tudo que resta de mim
É amor,
Deixa-me partir.

Tradução: Nelson Santander